- Editora: Nova Fronteira
- Autor: KHALED HOSSEINi
- Origem: Nacional
- Ano: 2007
- Edição: 1
- Número de páginas: 368
- Acabamento: Brochura
- Formato: Médio
A Cidade do Sol
Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rasheed, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos.
Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela História, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós.
E a partir desse momento, embora a História continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.
Eu era louco para fazer a resenha desse livro, eu amei muito esse livro ache um dos melhores livros que eu li, o final e perfeito tem uns capítulos que são muito monótonos, mas eu amei, mas e muito perfeito, e triste eu chorei lendo esse livro, muito triste Spoiler*, a parte mais triste e quando a Mariam diz como foi a morte dela, nessa parte eu quase não parei de chora, e triste, mostra como era a vida das mulheres no Afeganistão, mostra muitas mortes, a mais marcante foi a morte da amiga da Laila, Grande Spoiler*.
Quem quiser ler, se prepare para chorar.
Os últimos vinte passos de seu caminho, não pôde se impedir de querer continuar
vivendo. Adoraria rever Laila, ouvir o som de seu riso, sentar com ela novamente
para tomar uma tigela de chai e comer sobras de halwa sob um céu estrelado. Era
triste saber que não veria Aziza crescer, que não chegaria a conhecer a linda moça
que ela viria a ser um dia, que não pintaria as suas mãos com hena nem atiraria
noqul, os confeitos de amêndoas, no dia de seu casamento. Nunca brincaria com os
filhos de Aziza. Como gostaria de poder fazer isso, de envelhecer e brincar com os
filhos de Aziza!
Quando chegaram junto das traves, o homem que vinha às suas costas mandou
que parasse. Mariam obedeceu. Pela tela furadinha da burqa, viu a sombra dos braços
dele erguendo a sombra de um Kalashnikov.
Mariam desejou muitas coisas nesses momentos finais. Assim que fechou os
olhos, porém, as tristezas se foram e tudo o que sentiu foi uma imensa paz se
abater sobre ela. Pensou em sua chegada a este mundo, a filha harami de uma aldeã
humilde, algo que não foi desejado, que não passou de um lamentável acidente. Uma
erva daninha. E, no entanto, estava deixando este mundo como uma mulher que tinha
amado e sido amada. Deixava esta vida como amiga, companheira, protetora. Como mãe.
Finalmente, alguém importante. Não. "Não", pensou Mariam, não era tão ruim assim
morrer desse jeito". Não era mesmo. Era um fim legitimo para uma vida que começou
de forma ilegítima.
Seus últimos pensamentos foram umas poucas palavras do Corão que ela
murmurou bem baixinho:
"Criou os céus e a Terra pela verdade, inserindo a noite no dia e o dia na
noite; e submeteu o sol e a lua que deslizam para um termo predeterminado. Não e
Ele o Poderoso, o Perdoador?"
— De joelhos — disse o talib.
"Oh Senhor nosso, cremos! Perdoa-nos, pois, e tem piedade de nós,
porque Tu és o melhor dos misericordiosos!"
— Ajoelhe-se aqui, hamshira. E olhe para baixo.
Pela ultima vez, Mariam fez o que lhe mandaram fazer.
:'(
Muito perfeito o livro, amei a resenha ta de parabéns. =D
ResponderExcluirObrigado.
ResponderExcluirRealmente essa é a parte mais emocionante do livro, nunca vou esquecer a última frase :'(
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